Estrela de bares, botecos e lanchonentes, a coxinha é muito
popular no Brasil, mas sua origem é francesa. Desembarcou por aqui no século
19, junto com a corte portuguesa de d.João VI.
A versão mais conhecida conta que graças aos
caprichos de um garotinho fissurado em peito e coxas de galinha, a Fazenda
Morro Azul, em Limeira, no interior de São Paulo, foi berço do nascimento da
coxinha de galinha. Filho da princesa Isabel e do conde D’Eu, foi criado
isolado nesta fazenda, longe da corte, porque seria considerado deficiente
mental. Certo dia, ao
perceber que não havia peito e coxas suficientes para o almoço e prevendo a
gritaria do menino pela falta de sua comida predileta, a cozinheira da fazenda
resolveu desfiar as demais partes e moldá-las em uma massa à base de farinha e
batata. O garotinho adorou. Curiosa sobre a iguaria que tanto encantara seu
neto, a imperatriz Tereza Cristina, em visita à fazenda, quis
experimentar. Gostou tanto que solicitou que o modo de preparo fosse fornecido
ao mestre da cozinha imperial. Assim, a coxinha de galinha foi introduzida na
Corte e conquistou os salões da realeza brasileira.
Essa versão, que publiquei em meu livro, Histórias,
lendas e curiosidades da gastronomia (Senac, 2011), não encontra respaldo algum
na história. Apenas faz
parte, da tradição oral da cidade de Limeira. Vamos aos fatos:
A família real se hospedou na fazenda Morro Azul, em
Limeira, mas não há registro de que a princesa tenha tido um filho com
problemas mentais. Seus
três filhos – d.Pedro de Alcântara, d.Luís Maria e d.Antônio Gastão Filipe –
gozavam de excelente saúde física e mental.
Lucas Rigaud, cozinheiro da trisavó da princesa,
d.Maria I, na última edição de seu livro, Cozinheiro Moderno ou Nova Arte de
Cozinha, ensina uma receita de "coxas de frangas ou galinhas
novas". Diz a
receita que as coxas devem ser desossadas, conservando a pele, e recheadas com
um picado fino. Depois devem ser mergulhadas em molho béchamel, fechadas com
barbante, passadas em ovos batidos, pão ralado fino e fritas em banha.
Por
fim, Antoine Carême, em seu livro, L'Art de la Cuisine Française au XIXème
Siécle - Traité des Entrées Chaudes (Paris, 1844), chama a coxinha de
"croquette de poulet" e aconselha moldá-la "em forme de
poires".
Receita do Frangó Bar
(SP)
20 unidades
Ingredientes
Para a massa
300 g de farinha de
trigo
15 g de caldo de galinha
em cubinhos
300 ml de água
30 ml de óleo
Para o recheio
200 g de frango desfiado
Catupiry, sal e salsinha
a gosto
Para finalizar
Farinha de rosca para
empanar
Óleo para fritar
Modo
de preparo
Massa
Aqueça a água com o óleo e o caldo de galinha em fogo baixo por 5 minutos.
Aqueça a água com o óleo e o caldo de galinha em fogo baixo por 5 minutos.
Adicione a farinha de
trigo e mexa até formar a massa.
Recheio
Tempere o frango desfiado com sal e salsinha e misture com o catupiry.
Tempere o frango desfiado com sal e salsinha e misture com o catupiry.
Finalização
Pegue um pouco de massa e abra na palma da mão. Acrescente o recheio e forme a coxinha. Empane na farinha de rosca e frite em óleo quente.
Pegue um pouco de massa e abra na palma da mão. Acrescente o recheio e forme a coxinha. Empane na farinha de rosca e frite em óleo quente.
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