terça-feira, 10 de abril de 2012

Os loucos banquetes de Heliogábalo


O imperador romano pós-Cristo Varius Avitus Bassianus, conhecido como Heliogábalo (204-222), foi um tirano na linha de Nero (37-68) e Calígula (12-41), e cometeu inúmeras extravagâncias à mesa. Em um dos muitos banquetes que promoveu, serviu aos seus seiscentos convidados ervilhas misturadas com grãos de ouro, lentilhas com pedras preciosas, feijões enfeitados com âmbar e peixe com pérolas. Em outro, mandou abater mais de mil flamingos, para deles só extrair a língua, que deveria ser oferecida aos seus convivas. Dizem ter criado um prato com seiscentas cabeças de avestruz.

Heliogábalo apreciava lírios, narcisos, rosas e violetas. Muitas vezes, de madrugada, após um régio banquete, uma chuva de pétalas de rosas e violetas caía sobre seus convidados. Alguns, já bêbados, morriam asfixiados. Deliciava-se com pétalas de violetas tostadas com rodelas de laranja e limão. Costumava mandar encher as banheiras públicas com água de rosas e, em seu palácio, algumas salas eram decoradas com tapetes de flores. Ao mesmo tempo em que distribuía absinthiatum, a famosa “fada verde” dos dias de hoje, ao povo, alimentava seus cães e leões com faisões, pavões e com fígados de ganso. Isto mesmo, foie gras.

Essa e muitas outras histórias, você encontra em meu livro "Histórias, Lendas e Curiosidades da Gastronomia", editado pelo Senac Rio, disponível nas livrarias de todo país.

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