quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Que tal um peito de peru com presunto cru?

E lá se vão alguns mil anos, antes de Cristo, quando o solstício de inverno era celebrado no final de dezembro, com festividades que duravam dias, onde todos comiam, bebiam e se felicitavam. Gregos cultuavam Dionísio, egípcios, Osíris, persas e babilônicos celebravam Sacae, romanos festejavam Mitra – e, embora muito vagamente, quem sabe dessas festas pagãs venha a origem do Natal.

Com influência europeia, sobretudo portuguesa, a ceia brasileira   esta farta de estrangeirismos, a começar pelo peru. Consumido em comemorações astecas, por mãos espanholas chegou à Europa. Foi consagrado na Inglaterra, onde substituiu o cisne como ave de natal. Foi trazido para terras brasileiras pela família real portuguesa, em 1808, juntamente com as receitas de bacalhau com castanhas e de rabanada. 

O hábito de servi-lo no Natal é herança americana, inspirado no Dia de Ação de Graças, quando serviu-se, pela primeira vez, em 1621, um peru selvagem como prato principal, criado por índios americanos. Foi popularizado em terras brasileiras, no século 20.

Foto: Abril Imagens

Peito de peru com presunto cru, por Massimo Ferrari

Ingredientes
(6 pessoas)

800g de peito de peru
200g de presunto cru, fatiado
30g de manteiga
4 ovos
2 dentes de alho inteiros
1 copo de vinho branco seco, aproximadamente
2 colheres (sopa) de azeite extra virgem
1 raminho de alecrim picado
Sal e pimenta-do-reino moída na hora, a gosto
35 a 40 castanhas portuguesas picadas grosseiramente
Erva-doce a gosto ou louro, para cozinhar as castanhas
Alecrim a gosto, para salpicar e para a decoração

Preparo
Bata o peito de peru com um batedor de carne, até espalmá-lo e obter uma fatia larga e regular. Reserve.
Bata os ovos inteiros com um batedor. Junte o alecrim picado, o sal e a pimenta. Misture bem.
Em uma frigideira antiaderente, derreta metade da manteiga. Adicione os ovos batidos e vá mexendo até formar uma fritada homogênea e encorpada.
Vire-a na frigideira e cozinhe-a do outro lado.
Estenda sobre o peito de peru as fatias de presunto cru e, em cima, coloque a fritada.
Enrole a carne como se fosse um rocambole, aperte e amarre o rolo com um barbante, para não abrir.
Leve ao fogo uma caçarola larga, com a manteiga restante, o óleo e o alho.
Salpique um pouco de pimenta e sal na carne. Coloque-a na caçarola, em chama moderada, virando-a seguidamente.
Conserva-a no fogo por quinze minutos, ou até apresentar um dourado uniforme.
Leve-a então ao forno a 180ºC, com o suco que se desprendeu e cozinhe-a por aproximadamente 30 minutos.
Retire a carne e deixe-a repousar um pouco. Depois, desamarre-a e corte-a em fatias. Reserve.
Desprenda o fundo do cozimento com o vinho branco. Passe esse molho por um coador e reserve.
Cozinhe as castanhas com erva-doce ou louro. Tire a casca e a pele.

Montagem
Arrume as fatias de peru em uma travessa e decore com alecrim.
Sirva-as com um pouco de molho. Distribua as castanhas e salpique o alecrim.



quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Galeto al primo canto: fácil, fácil.

A passarinhada, tradição de alguns lugares do norte da Itália, chegou à Serra Gaúcha com os colonos italianos, quando ainda nem se falava de consciência ecológica. Por causa da pouca quantidade de pássaros encontrada na região, os imigrantes que chegavam resolveram substituí-los por franguinhos, abatidos com cerca de 25 dias, quando entoam o primeiro canto.

Foto: Gustavo Malheiros


Galeto al primo canto
6 porções

Ingredientes
6 galetos
2 cebolas
2 dentes de alho
3 xícaras de vinho branco ou cerveja
2 colheres (sopa) de salsa picada
2 colheres (sopa) de cebolinha picada
2 colheres (sopa) de sálvia picada
2 colheres (sopa) de orégano
Noz-moscada ralada a gosto
Sal e pimenta-do-reino a gosto

Modo de preparo
Na véspera, prepare os galetos: tire a pele e corte-os ao meio, no sentido horizontal. Coloque-os numa travessa.
Bata os demais ingredientes no liquidificador até obter uma mistura homogênea. Despeche essa mistura sobre os galetos. Cubra-o com papel alumínio e deixe na geladeira para tomar gosto. Vez por outra, vire os galetinhos para que absorvam, por igual, o tempero.
No dia seguinte, leve os galetos à churrasqueira para assar, até a carne ficar macia e úmida por dentro e crocante por fora. Para evitar que ressequem, pincele sempre com o restante do tempero. Se preferir, leve ao forno quente por 45 minutos.
Sirva com polenta.


terça-feira, 15 de dezembro de 2015

O Tempo e Eu (e Você)


Câmara Cascudo é tema da mostra "O Tempo e Eu (e Você)" em cartaz no Museu da Língua Portuguesa.

Ingressos a R$ 6,00.
Praça da Luz, s/nº, Bom Retiro
3ª a domingo, das 10hs às 18hs.

Aos sábados, a entrada é franca.
Até 14 de fevereiro.

Fica a dica!

domingo, 13 de dezembro de 2015

Já pra cozinha, meninos!!!

Prato típico espanhol, a paella é invenção masculina do século XVI. Quando saíam cedo para trabalhar, os camponeses da região de Valência tinham o hábito de levar um pequeno carregamento com azeite, sal, arroz, legumes e um utensílio redondo, raso e com alças, a paellera. Na hora do almoço, saíam para caçar lebre, pato ou animal que estivesse por perto, e colhiam laranjas - a madeira da árvore dessa fruta servia como lenha para o fogo. Misturavam tudo e estava pronto o prato que se adaptou de forma diferente em cada região. Surgiram, então, três variedades de paella: a valenciana, que mistura ave, porco, boi e mariscos; a mariñera, com peixes e frutos do mar; e a negra, com tinta de lula.  Eiste, ainda, uma versão que usa o macarrão quebradinho em vez de arroz, a fideuà. Hoje são mais de mil variações. A bem da verdade, cada espanhol tem uma receita de paella –  referem-se a ela como a la muy nuestra paella. Reza a tradição que sua preparação compete apenas ao homem - somente apenas aos filhos homens deve ser transmitido o conhecimento sobre esse prato.



Receita de dona Carmen Dominguez, do Don Curro
4 porções

Ingredientes
50 ml de azeite de oliva espanhol
5 colheres (sopa) de cebola picada
2 colheres (sopa) de alho picado
4 colheres (sopa) de cebolinha verde picada
10 colheres (sopa) de tomate cortado
4 coxas de frango cortadas em pedaços
500 g lula limpa e cortada em rodela
450 g de arroz
1 colher (sopa) de açafrão em pó
1 colher (sopa) de açafrão em rama
Caldo de crustáceos (veja a receita abaixo)
16 unidades de camarões médios com casca
16 unidades de mexilhões com casca bem lavados
2 lagostas de aproximadamente 500 g divididas em 2 cada uma (opcional)
Sal
150 g de ervilhas frescas (para decoração)
2 pimentões vermelhos pré-assados e sem pele, cortados em tiras (para a decoração)

Modo de preparo
Aqueça o azeite de oliva numa paellera.
Adicione a cebola e espere dourar. Junte o alho, a cebolinha verde, os tomates e refogue. Coloque o frango, deixe algum tempo e misture as lulas, o arroz, o açafrão em pó e em rama. Siga refogando, até obter uma cor uniforme. Adicione o caldo de crustáceos até encher a paellera e quando começar a ferver, junte os camarões, os pedaços de lagosta e os mexilhões, tudo com as cascas. Tempere com sal. Continue o cozimento e vá adicionando o caldo de peixe aos poucos, até o arroz chegar ao ponto desejado. Decore então a paellera com a lagosta, os camarões e os mexilhões do cozimento.
Complete a decoração com as ervilhas e as tiras de pimentões.
Dica: cubra bem com papel alumínio e deixe a paella descansar por cinco a dez minutos antes de servir.

Caldo de crustáceos
Ingredientes
500 g de cabeças de lagostas
300 g de cabeças de camarão
300 g de cabeças de lagostins
1 litro de água

Modo de preparar
Junte todos, leve ao fogo.
Espere abrir fervura e cozinhe por 10 minutos. Depois passe na peneira, deixe esfriar. Em seguira, está pronto para usar.
Dica: cuidado com o sal na hora de temperar a paella, já que as cabeças tem um sabor forte que fica no caldo.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Virado à paulista, simples e gostoso!

Prato de bandeirantes e tropeiros que levavam em suas expedições, no lombo dos cavalos, um farnel contendo toucinho, carne de sol, feijão e farinha de milho. O balanço do galope acabava por misturar todos os ingredientes, daí o nome “virado”. A couve refogada, o ovo, a linguiça e o torresmo foram incorporados depois, nas cozinhas do interior paulista.


Foto: Gustavo Malheiros


Virado à paulista
4 porções

Ingredientes
4 ovos
4 gomos de linguiça
Para as bistecas de porco
4 bistecas
Sal e pimenta-do-reino
Suco de 1 limão
2 dentes de alho amassados
Óleo

Para o tutu de feijão
250g de toucinho defumado
1 cebola grande picada
2 dentes de alho amassados
1 folha de louro
3 xícaras de feijão-mulatinho cozido, com caldo
1 xícara de farinha de milho
Sal
Molho de pimenta a gosto

Para a couve
1 maço de couve
1 colher (sopa) de azeite de oliva
1 dente de alho picado
Sal

Modo de preparo
Tempere as bistecas com o sal, a pimenta-do-reino, o suco de limão e o alho e deixe descansar nesse tempero por duas horas.
Para fazer o tutu, pique o toucinho e frite em sua própria gordura até que dourem e fiquem crocantes. Retire os torresminhos e coloque-os para escorrer sobre papel absorvente. Na gordura que restou na panela, refogue a cebola, o alho e o louro.
Adicione o feijão com o caldo, e mexa com uma colher de pau. Tempere com sal e molho de pimenta. Acrescente a farinha de milho e continue mexendo para obter um tutu bem úmido. Desligue o fogo e reserve.
Numa frigideira, doure as bistecas em óleo bem quente. Retire e reserve. Frite a linguiça e os ovos. Reserve.
Lave bem a couve e, usando uma faca afiada, elimine os talos e pique as folhas bem fininhas. Numa panela, aqueça em fogo alto o azeite. Coloque o alho e junte a couve quando começar a dourar. Tempere com uma pitada de sal, dê uma mexidinha e pronto.
Arrume as bistecas no centro da travessa, disponha o tutu de feijão de um lado, espalhe os torresmos por cima e coloque a couve do outro. Ponha um ovo frito sobre cada bisteca e acrescente os gomos de linguiça. 
Sirva imediatamente.

Tem prato novo da Boa Lembrança


O litoral da capital pernambucana serviu de inspiração para 17º Prato da Boa Lembrança, do Oficina do Sabor. O Mar de Corais do Recife reúne camarões, polvo, lula e peixe refogados na manteiga de ervas. Como acompanhamentos, arroz cítrico e legumes cozidos arrematam a combinação.

O paredão de corais que circunda e protege o litoral recifense foi o mote necessário para a criação do novo prato. De acordo com César, a cidade, tão cantada e elogiada por quem conhece de perto, merecia essa homenagem, assim como os clientes que visitam o Estado e que sempre levam na memória saudades e sabores da terra. “Já tinha feito outros pratos em homenagem a Pernambuco e a Olinda, agora chegou a vez do Recife. Nada mais justo que revelar os sabores do nosso litoral, de forma refrescante e leve, assim como a nossa capital faz questão de ser”, explica o chef.


Onde: Restaurante Oficina do Sabor, 
         Rua do Amparo, 335, Cidade Alta, Olinda-PE, tel.: (81) 3429.3331

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Cozinha italiana em debate

Foto: Ligia Skowronski

Promovido pela Faculdade de Letras da Universidade de São Paulo, o evento “Mangiare all’italiana a São Paulo: Um intercâmbio de linguagens e sabores nas mesas paulistanas” acontece hoje, a partir das 19 horas.

Sauro Scarabotta, do restaurante Friccò, Salvatore Loi e Gerardo Landulfo, representante da Accademia Italiana della Cucina em São Paulo irão debater sobre a culinária trazida pelos imigrantes, as receitas típicas e como a língua e os sabores adaptam-se quando são inseridos em uma nova cultura.

Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH).
Prédio de Letras: Av. Professor Luciano Gualberto, 403, São Paulo.
Entrada gratuita.

Maiores informações:  11) 3091-4296.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Gostinho mineiro


Péla égua é o nome popular dado à canjiquinha. Surgiu com os tropeiros, que comiam a canjiquinha – que é comida quente –, e depois saíam soltando puns tão quentes quanto, montados em cima das éguas que o transportavam.

Foto: Gustavo Malheiros

COSTELINHA DE PORCO COM CANJIQUINHA
10 porções

Ingredientes para a costelinha
2 kg de costelinha de porco
6 dentes de alho picados
1 cebola picada
Suco de 1 limão
1 cálice de cachaça
2 litros de água
2 colheres (sopa) de óleo
Sal a gosto

Modo de preparo
Lave as costelinhas em água corrente.
Em uma panela, acrescente a água, o suco de limão e a cachaça. Quando levantar fervura, coloque as costelinhas e deixe ferver por dez minutos. Retire e escorra.
Tempere as costelinhas com a cebola, o alho e o sal. Deixe repousar por uma hora para tomar gosto.
Leve as costelinhas ao fogo alto e frite no óleo, até que fiquem douradas e macias. Retire do fogo, escorra a gordura e reserve.

Ingredientes para a canjiquinha
200g de canjiquinha
Água para o cozimento
1 colher (chá) de óleo
Sal a gosto

Modo de preparo
Cozinhe a canjiquinha na água com óleo e o sal, até ficar com a consistência de um mingau grosso. Despeje sobre as costelinhas e sirva com couve rasgada.


Doe sangue!

Foto:Divulgação
Quem participa da Semana do Doador de Sangue da Pró-Sangue, até o dia 28 de novembro, em São Paulo, ganha mais que um lanchinho tradicional após as doações. Nos postos da Fundação Pró-Sangue, a receita é assinada por grandes nomes da gastronomia.  É a 2ª edição da Donation Week. 


Nesta quinta-feira (26) é a vez de Renata Vanzetto do Ema, com pão de grãos, creme de queijo com limão siciliano, alho-poró e peito de peru; na sexta-feira (27) Julio Raw da Z Deli Sanduíches vai de bisnaga artesanal, roast beef, picles e mostarda. A semana fecha no sábado (28) com Benny Novak do Ici, com o sanduíche de bisnaga artesanal, roast beef, picles e mostarda.


Clique aqui para acessar a programação completa dos lanches nos postos.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Saboreie um hambúrguer e ajude a ONG Chefs Especiais



A 2ª Edição da Hamburgada Beneficente promovida pelo Instituto Chefs Especiais, acontecerá neste sábado, dia 05 de dezembro, em Higienópolis, São Paulo.


Fundado em 2006 por Simone e Márcio Berti, o Instituto Chefs Especiais é um projeto pioneiro e inovador, que tem como objetivo a inclusão de jovens com Síndrome de Down, por meio da gastronomia.

Henrique Fogaça, Mário Mangone e Guga Rocha são os nomes por trás das receitas que poderão ser saboreadas durante o evento. 

Menu-degustação:
Hambúrguer de picanha com queijo gruyere, rúcula e molho picante, por Henrique Fogaça.
Hambúrguer de fraldinha, bacon, queijo emmental e couve crocante, por Guga Rocha.
Hambúrguer de berinjela, com queijo fresco, maionese de hortelã e cebola caramelizada, por Mário Mangone.

O convite custa R$ 49,90 (clique aqui). e dá direito a três mini-hambúrgueres (um de cada sabor), 2 porções de batatas fritas, chips de parmesão e uma sobremesa do buffet do restaurante Fasano (chef Marcelo Magaldi). Bebidas serão vendidas à parte.

Reservas serão realizadas pelo e-mail chefsespeciais@hotmail.com ou pelos telefones (11)2638-7478 e 2638-5292.
Saiba como você pode colaborar com a causa e incentivar o projeto no www.chefsespeciais.com.br.

2ª Edição da Hamburgada Beneficente 
Dia 05 de dezembro de 2015 – das 12h às 18h. 
Rua Catanduva, 132 – Higienópolis, São Paulo – SP.


terça-feira, 24 de novembro de 2015

Que tal um Escondidinho de queijo?

Foto: Julia Rodrigues

ESCONDIDINHO DE QUEIJO

Ingredientes
500g de macaxeira descascada e cortada em pedaços
2l de água
1 colher (chá) de sal
½ xícara (chá) de queijo de coalho ralado
1 xícara (chá) de queijo-manteiga ralado
½ xícara (chá) de requeijão cremoso
500g de carne de sol assada e desfiada ou
500g de carne-seca dessalgada, aferventada e desfiada
½ xícara (chá) de queijo parmesão fresco ralado

Modo de preparo
Cozinhe a macaxeira na água com o sal até ficar macia. Passe a macaxeira no espremedor de batata, transfira para uma panela e leve ao fogo médio. Junte o creme de leite e misture. Reserve.
Em uma tigela, misture bem o queijo de coalho, o queijo-manteiga e o requeijão cremoso até formar uma pasta. Reserve.
Espalhe uma camada do purê de macaxeira no fundo de refratários pequenos (ramequins), distribua a carne de sol desfiada e cubra com a mistura de queijo. Finalize polvilhando com o queijo parmesão.

Leve ao forno, preaquecido, a 200°C, por 25 minutos ou até dourar. 
Sirva imediatamente.

domingo, 22 de novembro de 2015

Para um domingo ensolarado e preguiçoso

CAMARÃO COM CHUCHU
6 porções

Ingredientes
750g de camarões descascados, limpos e lavados
Suco de 1 limão
2 colheres (sopa) de coentro picado
1 xícara (chá) de azeite de oliva
1 cebola média picada
2 dentes de alho picados
½ kg de chuchu descascado e cortado em cubinhos
3 tomates grandes picados, sem pele e sem sementes
Molho de pimenta (opcional)
Sal e pimenta-do-reino a gosto

Modo de preparo
Tempere os camarões com o suco do limão, o sal, a pimenta-do-reino, e metade do coentro. Reserve.
Em uma panela, aqueça o azeite em fogo alto. Doure a cebola e o alho.
Acrescente os chuchus e refogue por cinco minutos. Junte os tomates. Ajuste o tempero. Abafe e deixe cozinhar por mais dez minutos. Se necessário, adicione um pouquinho de água quente.
Por fim, adicione os camarões e deixe cozinhar até mudarem de cor. 
Retire do fogo e salpique com o coentro restante. Sirva com molho de pimenta à parte.
  
Gustavo Malheiros
O ensopado de camarão já era consumido no centro do Rio de Janeiro no fim do século 19, com influência dos guisados da cozinha portuguesa, segundo o antropólogo Câmara Cascudo. A inclusão do chuchu é creditada aos cozinheiros da Confeitaria Colombo, em 1894. Uma pesquisa para resgatar a história gastronômica da confeitaria revelou o prato, Camarão ensopadinho com chuchu, nos cardápios da época.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Feriado chegando...que tal um barreado?

O barreado surgiu no litoral do Paraná, obra dos caiçaras no tempo do entrudo, o carnaval de antigamente. Um dos passos de sua elaboração consiste em “barrear” a panela com uma massa de farinha de mandioca e água, para impedir que o vapor do cozimento escape pela fresta da tampa. Manda a tradição que a panela seja enterrada em um buraco forrado com folhas verdes e o fogo, aceso sobre ela.

BARREADO
8 porções

Ingredientes
2 kg de maminha de alcatra ou patinho
3 tomates picados, sem pele e sem sementes
3 cebolas grandes picadas
1 talo de salsão picado
2 alhos-porós picados
6 dentes de alho amassados
2 colheres (sopa) de salsinha picada
2 colheres (sopa) de cebolinha picada
200g de bacon defumado fatiado
½ xícara de água
½ colher (sopa) de sal
½ colher (chá) de pimenta-do-reino
½ colher (chá) de cominho
2 folhas de louro
2 colheres (sopa) de vinagre

Para “barrear”
Farinha de mandioca
Água

Modo de preparo

Corte a carne em cubos de aproximadamente 3 cm. Tempere com o sal, a pimenta-do-reino, o cominho e o vinagre. Reserve.
Numa tigela, misture bem os tomates, as cebolas, o salsão, os alhos-porós, a salsinha, a cebolinha, o alho e o louro.
Forre o fundo de uma panela grande de barro com o bacon. Faça camadas colocando a carne e os temperos, repetindo até que esses ingredientes acabem. A carne deve ficar coberta. Se necessário, junte ½ xícara de água.
Para barrear a panela, misture a farinha de mandioca com água fria suficiente para obter uma pasta. Coloque a tampa na panela e, na junção das duas, passe essa pasta aos bocados, vedando para que o vapor não escape. Refaça o lacre toda vez que a massa rachar e o vapor escapar.
Cozinhe em fogo brando por, no mínimo, 16 horas. Para acompanhar, sirva farinha de mandioca fina, bananas-nanicas e pimenta-malagueta.

Foto: Gustavo Malheiros


quarta-feira, 18 de novembro de 2015

E bateu uma larica...

Foram os colonizadores europeus que trouxeram para a cozinha mineira o uso do leite e dos ovos em doces. A ambrosia é considerada o doce mais antigo de Minas Gerais, com uma receita datada de 1876. 

Foto: Gustavo Malheiros

AMBROSIA
12 porções

Ingredientes

750g de açúcar
1 ½ xícaras de água
4 xícaras de leite
6 ovos inteiros
6 gemas
1 pau de canela


Modo de preparo

Em uma panela, misture o açúcar com a água e leve ao forno, mexendo até dissolver o açúcar. Pare de mexer e deixe ferver até obter uma calda grossa. Acrescente a canela e cozinhe mais um pouco, sem mexer.
Peneire os ovos e as gemas e despeje delicadamente sobre a calda. Acrescente o leite, mexendo devagar. Cozinhe em fogo alto até o leite talhar.
Abaixe o fogo e cozinhe por mais 40 minutos. 

Sirva gelada ou em temperatura ambiente.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Chineses, árabes, italianos e o macarrão

Hoje, a versão mais aceita é de que o macarrão foi introduzido na Itália pelos árabes, na época da conquista da Sicília, no século IX. Abu Abdallàh Muhammad ibn Idrìs, respeitado geógrafo árabe, não deixa dúvidas sobre isso, ao afirmar, em seu livro intitulado Nuzhat Al-mushtàq fi Ikhtiràq Ac-afág, “que entre a ilha e a região da Calábria, comia-se uma massa de farinha, água e vinho, no formato de fios longos, deixados ao vento para secar e, assim, ganhar uma melhor conservação, batizada de itriya.”


Esse livro foi encomendado pelo rei Ruggero II, o Normando, dominador da Sicília, no século XII, exatamente cem anos antes do nascimento de Marco Polo, e ficou famoso posteriormente como Il Libro di Ruggero. Quanto à sua origem, em outubro de 2005, cientistas chineses encontraram em escavações no sítio arqueológico de Lajia, próximo ao rio Amarelo, no noroeste da China, o mais antigo vestígio da massa: um fio de massa com aproximadamente 50cm de comprimento por 0,3cm de espessura. Estava dentro de uma vasilha virada de cabeça para baixo, soterrada por camadas de argila, a cerca de 3m da superfície. Resumindo, a paternidade do spaghetti cabe aos chineses, sua divulgação aos árabes e sua variedade de tipos e formatos aos italianos. Quanto ao nome, tem origem na palavra italiana, spago, que significa barbante.

Quer saber mais? Histórias, Lendas e Curiosidades da Gastronomia.

Solopasta

SPAGHETTINI AL POMODORO FRESCO E BASILICO
4 porções

Ingredientes
500g de espaguete
1kg de tomates frescos e maduros, sem pele, sem sementes e cortados em juliana
3 colheres (sopa) de alho cortado em fatias bem finas
¼ de xícara (chá) de azeite extra-virgem
¼ de xícara (chá) de folhas de manjericão fresco picadas à mão
1 pitada de pimenta dedo-de-moça
Sal
Folhas inteiras de manjericão para decorar

Preparo
Numa panela, aqueça o azeite em fogo médio e adicione o alho.
Quando começar a dourar, junte os tomates. Cozinhe por cerca de 20 minutos para que os tomates fiquem macios.
Adicione as folhas de manjericão picadas, o sal e a pimenta. Cozinhe por mais 1 ou 2 minutos e retire do fogo.

Cozinhe a massa em 4 litros de água fervente com uma colher (sopa) de sal e escorra quando estiver al dente.
Misture o spaghetti ao molho e adicione uma colher (sopa) de azeite. 
Decore com folhas de manjericão.
Sirva imediatamente.